Coordenador-geral de direitos sociais no Ministério dos Povos Indígenas, o sateré-mawé Jecinaldo Cabral recebeu da ministra Sônia Guajajara a missão de apurar as denúncias de ameaças da Potássio do Brasil a indígenas muras de Autazes, no interior do Amazonas.
A mineradora é acusada de invadir e criar conflito com moradores tradicionais de terra indígena onde pretende extrair potássio.
O MPF (Ministério Público Federal) colheu diversas denúncias contra a empresa, todas feitas pelos muras. Conforme eles, as ameaças vão de pressão pela venda de terras a morte. Um dos que relataram tal situação, por exemplo, é o vice-tuxaua Vavá Izack, de 36 anos.
Dessa forma, Cabral vai a Autazes neste dia 17 e lá permanece até 19. Ele participará do 6º Encontro do Povo Mura de Autazes e Careiro da Várzea, organizado pelos indígenas das duas cidades do Amazonas.
“Vamos ouvir e ver essa situação da realidade do povo mura. Apurar essas ameaças que foram denunciadas pelas próprias lideranças. É um tema que não é fácil. É complexo, mas tem de salvaguardar o direito das populações indígenas conforme a legislação”.
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